Pior que a
sensação qualquer outra ausência, é sentir-se ausente consigo mesmo. Não sei se
todas as coisas que me vêm afligindo nos últimos dias são verdadeiras, ou se eu
apenas as imaginei. Seja qual for a realidade, confesso que estou, no
mínimo, decepcionada. Essa sensação estranha vem chegando de repente: me prende
sem grades, sem algemas, sem grilhões – e ainda assim, cá estou eu, imobilizada
diante dela. Preciso de uma dose de calmaria e outra de soluções. Sinceramente, cansei de
improvisar.
Venho mudando algumas coisas de lugar. Minhas preferências,
por exemplo. Tenho a leve impressão de estar dando prioridade ao incerto; e, ao mesmo tempo, também estou com um medo imenso de voltar atrás para conferir. Nem tanto tempo se passou, mas parece que certas coisas ficaram batidas. Entenda como quiser. A verdade
é que venho sentindo falta de momentos que nem sei mais se foram assim, tão
reais. Sabe-se lá se não existiram apenas na minha vontade de que acontecessem.
Isso tudo é um atentado contra a minha sanidade – há tanto tempo que tudo está brincando comigo
que perdi a capacidade de reconhecer o que é sério.
Acho que esse bando de notícias instáveis aparecendo
assim, aos pouquinhos – como que com medo da minha reação se despejadas de uma
vez só e sem aviso prévio –, estão me deixando cansada de esperar.
Em uma palavra: tocante.
ResponderExcluirObrigada pelo comentário, Antônio :)
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