segunda-feira, 9 de abril de 2012

Reticências...

Gravura de Maurits Cornelis Escher (1898-1972)


Não há motivos, só vontades. Não há coragem, só anseios. É tarde para ficar... mas ainda é cedo para partir. Aprende-se com a existência nesse mundo que a medida de errar é o erro desmedido. Mas o que poderei eu improvisar? O importante é uma vez só. Vontades, anseios e pensamentos insanos – só isso, nada mais. E eu perco tempo pensando no que fazer, para não fazer nada.
Antes era confusão. Passava a vida "proletariando” sem inspiração. Mas agora tudo o que tenho na cabeça e no coração não são suficientes para explicar. Faltam motivos, só isso. Creio que crer já deixou de ser suficiente. Porque estou falando de uma questão de escolha, não de opções. E há uma linha débil e fraca que se amarra entre o tudo e o nada. Não é poesia, nem livro, nem filme romântico, então vamos economizar reticências! Que uma coisa fique bem clara: promessas vazias eu não quero.
Eu deveria parar de dar tanta atenção a tudo o que não soube persuadir meu interesse primário. Mas aquele efeito nostálgico às avessas atravessa minhas horas vagas. Fico feliz em saber, porém, que é o futuro o nosso maior presente.
Os propósitos se esvaem. As respostas se retraem. Fica a vontade. Ficam os anseios.
Reticências...

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