O café? Amargo demais. O dia? Deveras tristonho.
A coragem? Não se sabe pra onde, só se sabe que foi embora.
O coração? Feito o café. O poeta? Semelhante ao dia.
E o amor?
Deixou pregado na porta da geladeira um bilhete discreto, dizendo que
não volta mais.
Infeliz poeta, que perdeu a poesia.
Pobre homem, abandonado por aquela que eternamente amaria.
Onde encontraria rimas, se não em mulher tão bela?
Onde mais procuraria palavras, se não nas conversas com ela?
Onde estaria a métrica, se não nas curvas que ela tinha?
Que versos seriam escritos, se não mais a chamaria de “minha”?
Um poeta de verdade, nunca perde a maestria.
E é com dor, papel e caneta; que cria uma sinfonia.
Sinfonia sem compassos, nem notas, nem instrumentos;
É um concerto de palavras, pra chorar alguns tormentos.
Poeta, pobre poeta, que perdeu a inspiração,
E no infortúnio do desamor, procura alguma razão:
Inefável é teu sentimento, tão repleto de incoerências
Pelo fim de um amor marcado por reticências...
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“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente”
(Fernando Pessoa)
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OioI
ResponderExcluirGostei muito do blog e da escrita! Gostaria de adicionar mas n tens aplicação de seguidores..
Qualquer das formas se quiseres visitar o meu espaço fica aqui o endereço
http://lualibra.blogspot.pt/
XoXo
Sarah
Sarah,
ExcluirSeja muito bem vinda! Fico feliz que tenha gostado, e, já que mencionou, adicionei o aplicativo para seguidores aqui no blog. E também uma página no Facebook: está tudo logo ali do lado direito! ^^
Agora vou visitar o endereço que me deixou!
Obrigada pela visita!
Abraço,
Larissa S.