terça-feira, 20 de novembro de 2012

(im/dis)paridades


Quanto a mim, sacudi a poeira e segui em frente. Não deixei ninguém mais ver minha mudança. Amenidade em demasia não me faz bem. Não gosto quando a vida é devagar. Nem quando falta loucura. E também não gosto quando é morno. Nem quando está tudo mais para menos.
Cansei de me obrigar a viver em par; quero ser ímpar, quero ser uma. Eu. Sozinha.
Rasguei os velhos hábitos e joguei fora desejos antigos. Depois reciclei o que sobrou, só pra ver se valia a pena. A emoção que estiver mais abundante, que se revele. Já não interessa quem eu sou, nem quem serei - o que eu fui, porém, não sou mais. Não quero ser redundante, mas esse sei-lá-como em que me encontro é tão belo e tão triste! É porque tenho, agora, espaço suficiente para entulhar tolices novas.
Me desfiz dos egoísmos, pra ter coragem de desmanchar alguns "nunca" dos quais fiz uso. Também troquei muitos "talvez" por sim e não. Que venham as tribulações e que coloquem minha bravura à prova, pois declaro que estou em busca de minhas próprias epopeias. Se for para lutar, aqui estou. Se for para crescer, aqui estou.
Se for para censurar, entretanto, que volte mais tarde!


Música da banda Muse traduzindo o texto, com uma letra de arrepiar, um arranjo
maravilhoso e um impecável solo de piano de Matthew Bellamy para encerrar. 

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