sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Pingos nos is


Eu fecho os olhos e estou em qualquer lugar.
Só que de olhos fechados ou abertos, eu me vi sentada na mesa da cozinha de madrugada, fazendo a idiotice de beber café até meu estômago ofender-se e vingar-se de mim. Não considerei nenhuma outra agonia, porém, enquanto buscava por uma explicação; qualquer uma que fizesse sentido quando eu acordasse de manhã.
A conclusão foi como se um século de asfixias viesse me buscar para um passeio. Como se eu aceitasse o convite.
Eu queria dizer que culpo você.
E, que ainda assim, o agradeço.
E queria lançar-lhe impropérios e vociferar tão ferozmente, até fazer-te detestar-me.
Mas, não. Não há você.
De todos a quem escrevi, nenhum ficou para ler. Não há ninguém a quem culpar ou agradecer há muito tempo. Só a mim. Acho que um novo anônimo me cairia bem. Mas meu melhor sorriso amarelo repele aproximação em demasia; e meu faz-de-conta já há tempos passou do tempo.
O caso é que não me importo por perder o sono um pouco mais. Deixemos o acaso cuidar das coisas.
Café, madrugada e solidão. 

3 comentários:

  1. Tem hora que tem que ser assim mesmo...deixar rolar enquanto se recompõe....

    []s

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A questão é: quanto tempo demora para se "recompor", rs
      Rafael, que bom que está aqui novamente! Gostaria de convidá-lo a dar uma olhada no meu novo blog, Integrando Devaneios. É um projeto que tenho já há algum tempo, juntamente com um amigo. O Integrando um pouco diferente aqui do Infinita, tem uma outra "pegada"; mas acho que você vai gostar!
      Abraço!

      Excluir