Não da rotina, nem do dia
Mas do nada.
O que dizia; o que fazia
Na madrugada?
Era um presságio do que viria no futuro,
O que esperava do outro lado daquele muro
Que se chamava incerteza.
Para virar mero plebeu
E tomar de volta o que sempre foi seu.
Teve coragem pra derrotar os dragões
E se dispôs a enfrentar o inimigo.
Livrou-se das amarras, rompeu os grilhões;
Foi adiante sem temer nenhum perigo.
Viu o dia virar crepúsculo
E a noite virar manhã.
O tempo pareceu minúsculo
Como um fio fino de lã,
Tecido pelas mãos serenas
De uma pobre tecelã.
Mas o que dizer da realidade,
Essa quimera despudorada?
Usando-se de honestidade,
O que diz-se é: nada.
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