quarta-feira, 25 de julho de 2012

Adeus





Tentei calar a palavra, mas não consegui. A palavra é um nome. E o nome é o seu.
Nunca imaginei que a falta do porta retrato com a sua foto no meu quarto fosse deixá-lo tão vazio. Não posso explicar a bruma que é, encarar a escrivaninha desnuda sem a sua presença. Mas antes eu já chegara a idear, porém, que a falta sua na minha vida seria tão francamente suportável.
Você não se deu ao trabalho de fechar a porta ao sair da minha vida. Não me importei. E isso me fez perceber o quão pouco exigente eu sou. Assim, de tudo que eu vi, o que ficou foi a certeza de que ceder ao recomeço é fatalmente inevitável.
Cá estou, entorpecida. Em um transe exótico de lembranças infundadas que ainda não tive tempo de esquecer. Se houve um momento errado para a sua decisão, foi exatamente esse que você escolheu. Agradeço por mostrar-me sua face.
Perdoe-me por deixar de amar você tão facilmente.

4 comentários:

  1. Sem palavras... Como sempre, o texto é ótimo!!! Mas sou suspeito pra falar né... Hehe
    Ass: Luiz

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    1. Muitíssimo suspeito, Sr. Luiz! :D
      Obrigada, querido!

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  2. E agradeça a você, por você, por isso...excelentes palavras e libertação!

    []s

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    1. Muito obrigada, Rafael! Fico feliz que tenha gostado...
      Agradeço por visitar o Infinita Calmaria :)

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